Afinal os brinquedos influenciam ou não o futuro das crianças?
Proibir um rapazinho de brincar com cozinhas ou pentear o cabelo às bonecas é por e simplesmente estúpido da mesma forma que o é proibir as meninas de brincar com carrinhos ou jogar futebol.
Tenho dois filhos e não gostava nada que fossem homossexuais mas também não me parece que os brinquedos com que se divertem tenha uma influencia determinante na orientação sexual, profissional ou de carater das crianças, não é que o meu filho tenha por hábito brincar com os brinquedos da irmã ou viceversa, embora a minha princesa jogue à bola algumas vezes com o meu príncipe no quintal não significa que seja uma Maria rapaz até porque hoje em dia não há profissões de homem ou mulher embora algumas tenham melhor desempenho em função do género.
O dilema dos brinquedos afeta-me mais quando penso nas diversas teorias que tenho lido e ouvido sobre as brincadeiras violentas. Hoje em dia as crianças já não pedem aos pais para lhes comprar espadas, pistolas ou espingardas, hoje pedem que lhes compremos jogos de consola de violência extrema em que o jogador em vez de ser o bom da fita é o vilão.
Se o meu gaginho me pede estes brinquedos e a gaginha sua irmã não, isso deve-se no meu entender a uma marca genética dos homens e ao facto de ao longo de milhares de anos terem sido os homens a alinhar nas fileiras dos exércitos ou a ser dos homens a responsabilidade de defender a sua família e a comunidade em que estão inseridos.
A verdade é que acabo por comprar esses e outros jogos em que a violência não está presente e sinceramente não acho que o meu filho venha a tornar-se num delinquente ou psicopata assassino da mesma forma que quando vejo a minha filha jogar à bola com o irmão não acho que vá ser futebolista.
Quando eu era criança e se podia brincar na rua, brinquei muitas vezes aos policias e ladrões e se umas vezes era policia outras havia em que era o ladrão, hoje não sou nem uma coisa nem outra.
O que penso ser verdadeiramente determinante para as crianças é terem oportunidade de brincar e darem largas à imaginação e o contacto com o bem e o mal só contribui para a formação do senso comum.
Tenho plena consciência de poder estar errado embora não tenha certeza de estar, mais, nada me leva a crer que esteja, como qualquer pai erro e vou continuar a errar durante a gigantesca obra de educar um filho mas os moralismos também não fazem parte da minha personalidade e só daqui as uns bons vinte anos se ainda por cá andar é que vou saber o resultado das minhas decisões.
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